
A depressão é uma condição séria e silenciosa, que pode afetar pessoas de todas as idades, interferindo nas emoções, no corpo e no comportamento. O Hospital São Francisco de Americana, com mais de 80 anos de história no cuidado da saúde na cidade e região, dedica este artigo para abordar este tema, reforçando a importância de reconhecer os sinais e buscar ajuda o quanto antes para o tratamento e a recuperação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 322 milhões de pessoas no mundo vivem com depressão. No Brasil, estimativas recentes indicam que aproximadamente 11,5% da população adulta apresenta sintomas compatíveis com o transtorno, o que nos coloca entre os países com maior número de casos na América Latina. Apesar da alta incidência, ainda existem estigmas, e muitas pessoas deixam de procurar ajuda por medo ou falta de informação.
Segundo projeções da OPAS e da Universidade de Harvard, os transtornos de saúde mental, incluindo depressão e ansiedade, podem custar ao Brasil cerca de US$ 3,7 trilhões em perdas econômicas acumuladas até 2050, parte dos mais de US$ 7,3 trilhões que toda a América do Sul deverá enfrentar. Isso representa bilhões em produtividade comprometida e reforça a urgência de políticas públicas voltadas à saúde mental.
Além disso, estudos indicam que as mulheres têm cerca de duas vezes mais chances de desenvolver depressão do que os homens. Essa diferença é explicada por uma combinação de fatores biológicos, hormonais, psicológicos e sociais. Variações hormonais ao longo da vida, como as que ocorrem na puberdade, no período menstrual, na gestação, no pós-parto e na menopausa, podem influenciar o humor e aumentar a vulnerabilidade. Soma-se a isso a maior exposição a situações de estresse, sobrecarga de responsabilidades e violência doméstica, que impactam diretamente a saúde mental feminina.
A depressão pode se manifestar de diferentes maneiras. É comum que os sintomas apareçam em conjunto e variem de intensidade ao longo do tempo. Eles podem ser divididos em três grandes grupos:
Esses sintomas podem se desenvolver de forma gradual, o que faz com que, muitas vezes, a pessoa ou seus familiares não percebam de imediato que há um problema.
Se os sinais persistirem por mais de duas semanas e começarem a interferir nas tarefas cotidianas, é hora de procurar um profissional da saúde mental, como psicólogo ou psiquiatra. Esses especialistas poderão avaliar o quadro, indicar o tratamento mais adequado e acompanhar a evolução do paciente.
O tratamento para depressão pode incluir psicoterapia, uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida, como prática regular de atividades físicas, alimentação equilibrada e sono de qualidade. Em casos mais leves, apenas a terapia psicológica já pode trazer grandes benefícios.
É importante lembrar: falar sobre o que está sentindo é o primeiro passo. Procurar ajuda não é sinal de fraqueza, é um ato de coragem e cuidado consigo mesmo.
Além do tratamento, existem ações que podem ajudar na prevenção e no enfrentamento da depressão:
No ambiente familiar e profissional, é essencial estar atento a mudanças no comportamento de pessoas próximas e oferecer apoio sem julgamentos. Uma conversa acolhedora pode ser o início de um caminho de recuperação.

Cuidar da saúde mental é o primeiro passo para prevenir o suicídio. Informação e apoio fazem a diferença!
O Setembro Amarelo é uma campanha mundial de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015 no Brasil pelo CVV, CFM e ABP. Sua origem remonta a 1994, nos Estados Unidos, em homenagem a Mike Emme, jovem que tirou a própria vida. O símbolo da causa é o laço amarelo.
A campanha é relevante porque estimula o diálogo aberto sobre saúde mental, quebrando tabus e incentivando a busca por ajuda. Durante todo o mês, ações de conscientização orientam a população sobre sinais de alerta, formas de prevenção e canais de apoio. Falar sobre o tema salva vidas e promove acolhimento.
O suicídio, em muitos casos, está associado a condições como a depressão, um transtorno que pode afetar profundamente o humor, os pensamentos e o comportamento. Reconhecer e tratar essas doenças de forma precoce é fundamental para reduzir os riscos. O cuidado contínuo e o apoio emocional são partes essenciais da prevenção.
O Hospital São Francisco de Americana acredita que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física. Por isso, incentiva a busca por acompanhamento especializado e oferece suporte aos pacientes que enfrentam transtornos emocionais.
Se você ou alguém próximo está passando por um momento difícil, procure atendimento médico. Não enfrente a depressão sozinho, existe tratamento, e a recuperação é possível.
Lembre-se: cuidar da mente é cuidar da vida.
HSF – Cuidando de você em todos os aspectos da sua saúde.